"Histórias das Gentes da Baixa de Coimbra" por Nuvideia. Capítulo 5: Vítor Marques
Há 18 anos que Vítor Marques assume, com Paulo Gonçalves e José Cruz, a gerência do centenário e emblemático Café Santa Cruz. Um espaço com cem anos de história enquanto Café, mas que outrora acolheu atividades muito diferentes. O edifício que o Café ocupa foi construído em 1530 para servir de Igreja Paroquial mas, após a sua dessacralização, foi já habitação, armazém de ferragens, polícia, armazém de canalizações, casa funerária, estação de bombeiros, até ao dia em que adquiriu a identidade que mantém hoje.
No dia 8 de Maio de 1923, por iniciativa de Adriano Lucas, Adriano da Cunha Lucas e Mário Pais, é inaugurado o luxuoso Café Restaurante de Santa Cruz. Em 1974, quando Alexandre Marques, Pai do Vitor, adquire o Café, é encerrada a vertente de restauração, ficando apenas o Café Santa Cruz. Regressado de Moçambique e com cinco filhos, Alexandre Marques trabalhava cerca de 17 horas por dia e reconstruía, assim, uma vida praticamente do zero. Por vontade do pai, era ali, no Café, que Vítor passava as suas férias escolares a trabalhar!
Em Fevereiro de 2005, Vítor passa a integrar definitivamente a equipa do Café e desde então, em conjunto com os seus sócios, trabalha no sentido de “abrir o café à cidade”. Mas já lá vamos...
“A rotina começa às 7 da manhã, quando colocamos a chave na porta e desligamos o alarme. Nunca encerramos antes da meia-noite”, conta-nos. Por norma, às 18:00 e às 22:00, a Sala do Café enche-se de turistas porque “silêncio, que se vai cantar o fado!” É bonito não só de ouvir, mas também de perceber o poder que o Fado de Coimbra tem na emoção e no coração de todos aqueles que ali estão a assistir ao espetáculo e que nos visitam dos mais variados cantos do mundo.
Mas desengane-se, se pensa que o Café vive apenas dos turistas. “É uma suposição que não corresponde à realidade”, diz Vítor. Dos clientes do Santa Cruz fazem também parte “os funcionários e comerciantes da Baixa, os profissionais liberais, os estudantes da universidade, incluindo os estudantes erasmus, todos os que ali vão assistir a conferências, apresentações de livros, exposições” e muito mais. Porque, “abrir o café à cidade” é “disponibilizar o espaço do Café para qualquer pessoa que aqui queira apresentar ou expor algo que seja da sua iniciativa”, explica Vítor, dando de seguida o exemplo de “um Médico reformado ainda ontem me pediu para expor as suas obras no Café. Faz- lhe mais sentido expor aqui do que numa galeria”.
Falamos de um espaço que se assume como um ponto de encontro de gerações. Tanto temos um Médico Reformado a querer expor ali as suas obras como temos um jovem casal que escolhe o Café para reunir, na véspera do casamento, familiares e amigos num convívio cheio de alegria e esperança. “Isto deixa-me feliz”, não que fosse preciso dizê-lo, porque o brilho dos olhos do Vítor, quando nos conta esta história, denuncia-o. Na verdade, é assim sempre quando fala do Santa Cruz.
18 anos a trabalhar atrás do balcão e a sentir as emoções que ali se vivem. “Eu não ouço as conversas das pessoas”, afirma assertivamente. Mas é evidente que consegue observar, por instantes, e perceber as emoções que ali são vividas: o amor entre casais enamorados, o frenesim e a alegria das famílias com crianças, a cumplicidade entre
amigos e, porque da vida também elas fazem parte, as tristezas, preocupações, desilusões... o Café é palco de histórias infindáveis, sendo que uma coisa é certa “todos os que por aqui passam deixam a sua marca e contribuem para o nosso sucesso”.
Há 18 anos entravam no Café Santa Cruz, pelas mãos seguras e doces “da avó”, muitas crianças. Hoje, essas mesmas crianças, são jovensadolescentes que continuam a saber o caminho até ao Café e a frequentá-lo. Não, o Café Santa Cruz não vive só de turistas.
Vítor reforça que é importante que os “Conimbricenses se reconheçam na sua baixa” e acredita que isso possa acontecer se passar a existir
uma “dinâmica comercial mais diversificada”.
E sobre o Café e o Vítor haveria muito mais para partilhar. Poderíamos falar-lhe do Crúzio, o doce intelectualmente valioso que só pode provar e comprar no Café ou da Rota dos Cafés com História, cujo impulsionador foi o próprio Vítor Marques. Mas o texto já vai longo e preferimos direcioná-lo para outras curiosidades. Para terminar: diz-nos o Vítor que gosta particularmente de trabalhar na véspera de Natal e de ser Ele a fechar o Café nesse dia, “há qualquer coisa, não sei. Bebemos um espumante, comemos um doce de Natal...”, conta-nos, “É a magia do Natal”, acrescentamos. Dia 24 de Dezembro de 2023, antes de nos juntarmos às nossas famílias, temos encontro marcado no Café mais bonito e emblemático da nossa cidade? O desafio está lançado! Até lá!
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