"Histórias das Gentes da Baixa de Coimbra" por Nuvideia. Capítulo 3: Dona Saudade da Florista Petúnia
Estivemos à conversa com a risonha D. Saudade da Florista Petúnia que, a certa altura, nos diz: “Há senhores na Baixa que são catedráticos no atendimento, no cuidado e atenção com o cliente”. Confidenciou-nos esses nomes, os das pessoas que admira na Baixa. A D. Saudade, na sua humildade, não se vê como um desses “catedráticos da Baixa”. Mas nós vemos e não somos, certamente, as únicas.
É a segunda vez que falamos com a D. Saudade para a rubrica e não nos restam dúvidas. É uma excelente comunicadora, simpática, divertida e carinhosa. Enquanto conversávamos entrou uma senhora (presença assídua, deu para perceber) para deixar uns sacos a guardar e, não fosse pela nossa presença, teria ficado para dar dois dedos de conversa. Entrou também uma cliente que a D. Saudade atendeu com todo o carinho e cuidado que diz serem os fatores que distinguem o comércio tradicional.
A D. Saudade está há 40 anos na Florista Petúnia, a primeira florista de Coimbra. Começou como funcionária. Aprendeu o ofício com a Odete e a Maria José que foram suas colegas numa fase inicial em que a Petúnia pertencia ao Engenheiro Carreiro. Foram suas patroas quando o Engenheiro Carreiro se desfez da loja. E, quando há 19 anos se quiseram retirar, a D. Saudade ficou com a Petúnia para si.
Conta-nos emocionada que ficar com a Petúnia foi a forma que encontrou para poder apoiar a família. Tinha o pai e o irmão acamados e só um negócio próprio lhe podia dar a liberdade de horários de que tanto precisava para poder cuidar dos seus. Aproveitava as horas de almoço para ir a casa dar-lhes almoço e, muitas vezes, nem almoçava para voltar para a loja.
Uma ginástica difícil amparada pela força do amor.
Hoje a sua rotina é diferente. Começa o dia com um cafezinho no Toledo ou no Nicola. Depois segue para a loja e na hora de almoço aproveita para dar dois dedos de conversa. “Em que loja?” perguntamos nós. “Em qualquer uma”, responde. Tem amigos em toda a Baixa ou não estivesse há 40 anos por ali. Talvez por isso lhe seja tão difícil ver a Baixa e recordar como era nos seus “anos de ouro” em que chegaram a ser quatro a atender na Petúnia.
“Faltam jovens a viver na Baixa. Faltam os consultórios médicos que saíram para outras zonas da cidade. Faltam lojas âncora.” Falta tudo isto que dava outra dinâmica e outra vida à Baixa.
“No fundo a Baixa vive dos comerciantes.”, diz-nos.
Mas mesmo no meio destas dificuldades ainda não está preparada para se retirar. Trabalhar com flores é “um trabalho muito bonito”. A junção das cores e dos diferentes tipos de flores é um trabalho criativo de que gosta muito. Mas não é só disto que a D. Saudade gosta. Estar com o cliente, as conversas que tem com quem lhe entra pela Petúnia são uma das coisas de que mais vai ter saudades. Há pessoas que entram na Petúnia só para conversar porque sabem que ali se encontra muito mais do que flores. Ali encontram afeto.
Terminámos esta agradável conversa a perguntar se já pensou como vai ser quando decidir que está na hora de ir para casa e retirar-se mas a D. Saudade não tem dúvidas… Não quer ser ela a fechar definitivamente as portas daquela que foi a primeira florista de Coimbra.
Fica-nos então a esperança de que quando a D. Saudade quiser deixar o número 13 da Rua Corpo de Deus vai ensinar o ofício a alguém que goste tanto de flores e de conversar como ela.
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