Abril Dança Coimbra está de regresso à cidade!

O festival Abril Dança Coimbra decorre de 5 a 29 de abril (Dia Mundial da Dança) em quatros equipamentos culturais do concelho, o Convento São Francisco (CSF), a Oficina Municipal do Teatro (OMT), o Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB) e o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).

Este ano, mantém-se a parceria de extensão com o Festival Dias da Dança e são apresentados novos criadores, tais como como Marta Cerqueira, Catarina Miranda ou nomes da nova dança portuguesa, como Né Barros. Há estreias absolutas: “SUPER!”, de Miguel Pereira, e “Suores de Mel e a Morte Não Terá Domínio”, de Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão. E, ainda, a antestreia de “ΛƬSUMOЯI”, de Catarina Miranda.

O festival, organizado pelo CSF/Câmara Municipal de Coimbra, TAGV/UC, O Teatrão e A Escola da Noite, parte de um interesse comum pela dança contemporânea, reconhecendo o lugar central que esta ocupa na renovação da linguagem das artes performativas nas últimas décadas. 


O programa arranca às 21h30 de sexta-feira, dia 5, na Black Box do CSF, com a estreia do espetáculo “SUPER!”, coreografado por Miguel Pereira, que, no dia seguinte, a 6, tem duas sessões previstas, a primeira às 16h00 e a segunda às 21h30. Criado no âmbito do RAMPA.1, com jovens bailarinos da cidade e da região, “SUPER!” vai ter a participação de Cristiana Piorro Viola, Gabriel Cruz, Francisca Gouveia, Francisca Fonseca, José Pedro Varela, Sofia Rosado, Marta Bajouco, Inês Pombo, Lucas Mariz. 

 

A 13 abril, às 21h30, no Teatro da Cerca de São Bernardo, tem lugar o espetáculo “to our nothing...”, de Romulus Neagu, com Leonor Keil, Félix Lozano, Peter Michael Dietz, música de A. Vivaldi, G. Enescu e N. Veiga, com poema de Nichita Stãnescu, numa produção da associação cultural INTRUSO. É uma coprodução Centro Cultural Malaposta - Odivelas, Companhia Paulo Ribeiro e Teatro Viriato. 


Dia 14 abril, às 15h00, 17h00 e 19h00, acontece “Over Our Heads”, de Marta Cerqueira, na Black Box do CSF. “Over Our Heads” é uma instalação que tem em destaque aspetos coreográficos e dinâmicos. Coloca o público numa situação/cenário em que os elementos no espaço fomentam interferências tácitas com a obra, num lugar de convívio que se quer atravessado pelo visitante - existir, brincar e inventar mais, potenciar essa “neblina de coisas” que nos passam pela cabeça. O público escolar tem sessões para escolas no dia 15 abril, às 10h00, 12h00 e 15h00. 

 

Já no dia 20 de abril, às 18h00, é inaugurada, na Galeria Pedro Olayo Filho do CSF, a exposição/instalação sonora “Dançar um corpo de sons”, de João Bento, que pode ser vista até 30 de junho, de quarta a segunda-feira, das 15h00 às 20h00 (última entrada às 19h30). “Em 2024 cumprem-se 20 anos desde que comecei a criar som para palcos, através de performance, música ao vivo e, sobretudo, colaborações na área da dança com coreógrafos nacionais e internacionais. Percorrendo diversos locais do mundo onde, ao longo deste tempo, estive em residências de criação, esta exposição apresenta uma seleção de materiais, sonoros e visuais, que dão conta do corpo de sons que fui construindo”, explica João Bento. A entrada é gratuita.


No dia 25 de abril, às 21h30, tem lugar a antestreia de “Suores de Mel e a Morte Não Terá Domínio”, de Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão, na OMT, com os bailarinos Sara Miguelote, Michele Simi, Beatriz Coelho e Lucia Marrodan. “A criação de dança ‘Suores De Mel E A Morte Não Terá Domínio’ ocorre 50 anos após o momento revolucionário do 25 de Abril e trata a dança como insubmissão e revolução dionisíaca de Heterodoxia. Em articulação com Heterodoxias de Eduardo Lourenço, a Heteronímia de Pessoa, Mitologias de Eudoro de Souza, a poesia sensual de Natália Correia, de Luiza Neto Jorge, o novo dionisíaco de A. O. Spare, a pesquisa de K.Kerenyi, o Symposium de Platão, o recuperar de Diotima de A. Silva, a epopeia Dionisíacas de Nonus, censurada nos cânones construídos e reconhecidos do épico, e a Filosofia/Dança de Nietzsche, que se mantém da criação anterior”, adiantam Hugo Calhim Cristóvão e Joana von Mayer Trindade. 


A 27 de abril, às 21h30, estreia a “ΛƬSUMOЯI”, de Catarina Miranda, no TAGV.  ATSUMORI é uma peça de dança para um quinteto e um palco luminoso. Esta criação é intimamente inspirada na peça japonesa de teatro Noh de título homónimo, em que o fantasma de uma criança-guerreira, morta em combate, deambula pelo campo de batalha, na expetativa de se reconciliar e afirmar a sua nova condição: a de ser um espetro. 


Dia 28 abril, às 18h00, no Grande Auditório do CSF, vai subir ao palco “Distante — Paisagens, Máquinas, Animais”, com coreografia de Né Barros, música de Alexandre Soares e interpretação de Deeogo Oliveira, Beatriz Valentim, Bruno Senune e Vivien Ingrams. “Ao longo da peça Distante, terceira da série Paisagens, Máquinas e Animais, os bailarinos são jogadores, convocam a técnica como forma evoluída de nos relacionarmos no corpo a corpo. O corpo-máquina deverá, sobretudo, seguir esta linha, ser capaz de moldar o instinto e dar-lhe uma nova vida ética”, lê-se na apresentação. 



A programação, que está disponível na íntegra em https://festivaladc.pt/, inclui, ainda, um ciclo de conversas, com entrada livre, que decorre paralelamente aos espetáculos e que tem início no dia 6 abril, às 17h15, com “Conversa após o espetáculo”, com Miguel Pereira, Pietro Romani, intérpretes do projeto RAMPA e Cláudia Galhós, na Black Box CSF. Dia 10, às 18h30, com Romulus Neagu e Cláudia Galhós no bar do TCSB. Dia 20, às 18h00, é inaugurada, na Galeria Pedro Olayo Filho, a exposição de João Bento, seguida de conversa com o artista e Cláudia Galhós, no Café-Concerto do CSF. E, por fim, a 24 abril, às 18h30, acontece a conversa com Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão, Catarina Miranda, Né Barros e Cláudia Galhós, na tabacaria da OMT.


Foto de capa: João Duarte / RAMPA.1

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