Oficina Municipal do Teatro recebe o espetáculo “A Noite Canta os Seus Cantos” da Baal17
Foto: Fabrice Ziegler
Esta sexta-feira, dia 4 de outubro, às 19h, a Oficina Municipal do Teatro recebe o espetáculo “A Noite Canta os Seus Cantos” da Baal17. A 55ª produção da companhia de Serpa nasce a partir do texto homónimo de Jon Fosse, escritor e dramaturgo norueguês que em 2023 recebeu o Prémio Nobel da Literatura, e tem encenação de Luís Varela.
“A Noite Canta os Seus Cantos” conta uma história de amor da qual a morte, o riso e a lágrima também fazem parte. Em cena, conhecemos um jovem casal acaba de ter o primeiro filho. O homem tenta uma carreira enquanto escritor, mas é constantemente rejeitado pelas editoras. No entanto, escrever é a única coisa que ele quer fazer – a única coisa que ele sabe fazer. Agora, passa a maior parte do tempo deitado no sofá a ler. Não sai de casa. Isto parece não se adequar a um pai e homem de família recente. A mulher quer uma família, um lar. As coisas não correram como ela imaginava. Ela e ele querem outra coisa, embora saibam que precisam um do outro. Nos quatro andamentos da peça, um relógio de parede aponta com precisão o momento do início da ação. E o tempo decorre. Lento? Rápido? É de tarde. Depressa cai a noite. E é de madrugada que se ouve um tiro. É a noite com os seus cantos.
A companhia de Serpa volta a Coimbra, depois de ter estado na cidade no âmbito de “REVOLUTION (título provisório)” – coprodução que juntou ASTA, Baal17, d’Orfeu e Teatrão –, no âmbito da plataforma de programação descentralizada Descampado.
A Baal17 foi fundada em 2000, com o objetivo estrutural de fomentar o interesse das populações pela cultura, em geral e pelo teatro, em particular, interligando a Companhia com as escolas, a comunidade e as mais variadas entidades nacionais e internacionais. É subsidiada pela Câmara Municipal de Serpa e financiada pelo Ministério da Cultura/Direção-geral das Artes. A Baal17 aborda o teatro como uma poderosa ferramenta de intervenção artística, pedagógica e social, capaz de promover a consciencialização, a participação, a capacitação e o empoderamento dos cidadãos e das comunidades – ingredientes fundamentais da capacidade coletiva de responder a dinâmicas de uma sociedade em rápida e permanente mudança.
