“O Tempo das Árvores” é a nova criação do Teatrão pensada para públicos infantis e familiares a partir dos 3 anos. O espetáculo coloca no centro da cena os gigantes verdes que nos rodeiam e propõe, a partir deles, uma reflexão sensível sobre o crescimento — das árvores e dos seres humanos. Entre aquilo que é visível a todos (troncos, ramos, feições, braços, cabelos, estatura) e o que cresce de forma mais silenciosa e subterrânea (raízes, micorrizas, empatia, afeto, interioridade), o espetáculo constrói uma metáfora poética sobre o que nos forma e sustenta.

Em simultâneo, “O Tempo das Árvores” explora ideias de comunidade, entreajuda e solidariedade, inspirando-se em recentes descobertas científicas que revelam o grau de interligação existente entre as árvores. Longe de serem seres isolados, comunicam, partilham recursos e constroem redes invisíveis que as fortalecem — uma imagem poderosa para pensar também as relações humanas.

A estreia acontece no dia 27 de dezembro, às 17h, na Sala Laborinho Lúcio da Oficina Municipal do Teatro (OMT), seguindo-se uma segunda sessão no dia 28 de dezembro, às 11h. A temporada prolonga-se até 24 de janeiro, com apresentações para público-geral todos os sábados, às 17h. A récita do dia 10 de janeiro contará com serviços de audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa, reforçando o compromisso do Teatrão com a acessibilidade.

Os bilhetes estão disponíveis na OMT, nos postos Ticketline e online em tinyurl.com/TempodasArvores. Até à meia-noite do dia 25 de dezembro, está ativa uma oferta exclusiva para famílias, com redução no preço do bilhete de criança e 50% de desconto nos bilhetes dos acompanhantes, ficando cada bilhete a 5€. Para usufruir da promoção, basta selecionar a opção “Bilhete Famílias” na Ticketline.

Para além das sessões abertas ao público, entre 6 e 23 de janeiro o espetáculo recebe grupos escolares organizados, com sessões duplas de segunda a sexta-feira, às 10h30 e 14h. Estão já confirmadas as presenças de mais de 1000 alunos, encontrando-se várias apresentações esgotadas.

É tempo de olhar e aprender com as árvores

Esta nova produção para a infância nasceu de um processo que cruzou pesquisa científica e criação artística. O Teatrão contou com o apoio do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC), coprodutor do espetáculo, e com parceiros do Centro de Infância de Vila Verde. Os encontros semanais com as turmas deste estabelecimento de ensino tiveram um papel determinante no desenvolvimento do projeto. Como explica a companhia, foi nesses momentos que “a equipa tem recebido feedback precioso, que ajuda a afinar o espetáculo e a garantir que reverbere com aqueles quem mais queremos que com ele se maravilhem”.

No texto que acompanha o espetáculo, Isabel Craveiro aprofunda o seu sentido central:
“Agora, mais do que nunca, é tempo de olhar e aprender com as árvores. Interpretar e valorizar o que nos seres humanos cresce, mas não se vê, é talvez um dos grandes desafios deste tempo. Reconhecer-me no outro é reconhecer-me árvore que recebe e dá, que desafia alturas e se agarra à terra, que generosamente partilha o que tem e é. Partindo de um conjunto de autores e poemas, criamos um espetáculo de meninos e meninas árvores, que descobrem que de raízes profundas se pode chegar ao azul do céu.”

Programação paralela para famílias curiosas

A acompanhar a temporada, o Teatrão preparou um conjunto de atividades paralelas que convidam as famílias a aprofundar os temas do espetáculo. No dia 10 de janeiro, às 11h, realiza-se uma visita guiada ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, destinada a famílias curiosas que gostem de teatro e dos mistérios e belezas da natureza, onde serão explorados vários segredos das árvores.

Já nos dias 17 e 24 de janeiro, após as apresentações do espetáculo, pais e filhos serão convidados a descobrir as árvores em si mesmos, através de jogos e desenhos, prolongando no tempo e na experiência as ideias que “O Tempo das Árvores” lança em cena.

Mais do que um espetáculo, “O Tempo das Árvores” propõe um tempo de escuta, de partilha e de crescimento conjunto — um convite a olhar com mais atenção para aquilo que nos liga, mesmo quando não se vê.

Em destaque