O convite que lhe fazemos é que nos acompanhe neste roteiro pelos espaços verdes da cidade. Passear junto à natureza é uma das atividades mais saudáveis que podemos fazer com regularidade e, a boa notícia, é que é grátis.

Começamos pelo “admirável mundo das plantas”: o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Com cerca de 13.5 hectares, este tesouro natural património mundial da UNESCO, foi criado no séc. XVIII, por Marquês de Pombal, com o objetivo de complementar o estudo da História Natural e da Medicina na Universidade de Coimbra.
Devido à riqueza e à diversidade de Plantas que possui, este Jardim leva-nos a fazer uma viagem pelos quatro cantos do mundo. Perca-se pelos seus patamares, escadarias e “corredores”. Sabia que é no Jardim Botânico que encontramos um dos edifícios mais antigos, de arquitetura em ferro, do nosso país? Ninguém fica indiferente à beleza e imponência do edifício da Estufa Grande. Espreite as plantas tropicais e subtropicais que alberga e admire-se com a planta aquática Vitória: as suas folhas atingem os dois metros de diâmetro e suportam o peso de uma criança de 20 a 30kg.
E se for passear pelo Botânico a um dia da semana, é provável que se cruze com pequenos aprendizes: este Jardim serve de escola botânica onde os mais novos aprendem mais sobre a natureza.

Seguimos para o Jardim da Sereia. Sabia que este Jardim também pode ser designado como Parque de Santa Cruz? Isto porque, nos seus primórdios, ali era o espaço onde os antigos Monges de Santa Cruz recolhiam e meditavam. Mas o nome “Jardim da Sereia” também advém de um dos principais elementos de destaque deste jardim: referimos-nos à Fonte da Nogueira na qual se destaca uma estátua representativa de um tritão abrindo a boca a um golfinho de onde a água jorra para uma concha. E falando de “elementos característicos” da Sereia, destacamos ainda o “Arco Trinunfal” da entrada e o Grande Lago Circular. Para lá chegar é só deixar-se levar pelos cenários verdejantes e pelos pequenos caminhos deste Jardim. Termine o seu passeio com um aconchegante lanche na Casa de Chá, um lugar muito especial.

Percorrendo cerca de 4 km da margem do Rio, é precisamente o Mondego que salta à vista no Parque Verde do Mondego. Por aqui, não é segredo, é comum vermos famílias inteiras a usufruir dos fins de semana: a almoçar, a lanchar ou jantar nas esplanadas privilegiadas dos restaurantes que ali se encontram, as crianças a brincar no parque e pessoas, de todas as idades, a andar de bicicleta, a correr ou, simplesmente, a caminhar. Atravessando a ponte pedonal “Pedro e Inês”, chegamos à margem esquerda do parque que oferece um parque de merendas , um skatepark e clubes de atividades náuticas. Concluímos assim aquilo que o Caro Leitor certamente já sabe, este parque oferece inúmeras atividades de desporto e de lazer e, certamente, já nos cruzámos por lá.

E, claro, não poderíamos deixar de mencionar o “vizinho” Parque Manuel Braga, um dos espaços mais acarinhados de Coimbra. Recordamos que, até 1999, era aqui que se realizavam as Noites do Parque da Queima das Fitas. Hoje é um dos espaços mais agradáveis e bonitos da cidade: os jardins sempre floridos e bem cuidados, as imponentes e frondosas árvores que proporcionam sombras, os bancos por ali espalhados que convidam ao descanso e o bonito coreto. É também ali que se encontra o Porto de embarque do “Basofias”.

“Tantas vezes cantado por poetas e escritores”, é precisamente na icónica Mata Nacional do Choupal que terminamos este roteiro. Talvez os mais novos não saibam, mas a Mata do Choupal foi criada para tentar diminuir o assoreamento provocado pelo Rio. Hoje é “o pulmão da cidade”, com cerca de 79 hectares é o maior espaço verde da cidade. Espantam pela imponência e monumentalidade, as árvores que ali se encontram, muitas desde o séc. XIX: Plátanos, Faias, Loureiros, Eucaliptos. Aqui respira-se ar puro e sente-se paz. Tudo aquilo que precisamos, hoje mais do que nunca.

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