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Contos da Lua Vaga - Ciclo Japão Eterno/Sessão Especial

cinema

Contos da Lua Vaga
Kenji Mizoguchi
Ciclo Japão Eterno/Sessão Especial

€5 — €3,5 descontos TAGV

“Pura e simplesmente um dos maiores cineastas de sempre” disse Jean-Luc Godard acerca de Kenji Mizoguchi. Contos da Lua Vaga é uma história de fantasmas sem igual, é uma das suas maiores obras. Partindo de histórias de Akinari Ueda and Guy de Maupassant, trata-se de um conto de amor e perda, que mistura de forma única o real e o que nos transcende, e de um dos mais belos filmes alguma fez feitos.

Um dos três mestres do cinema japonês, juntamente com Yasujiro Ozu e Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi é autor de uma filmografia vasta e única. Iniciou a sua carreira como ator, sendo depois assistente de realização, e realiza o seu primeiro filme em 1922. Os seus filmes, principalmente os da década de 1930, são considerados retratos essenciais de um Japão em transição, do feudalismo para a modernidade. Após a Segunda Guerra Mundial, a sua obra foi redescoberta no Ocidente, em particular pela crítica de cinema francesa e por Jacques Rivette, já no final dos anos 50.

Mizoguchi, realizador de cabeceira da nouvelle vague (Godard chamou-lhe O melhor dos realizadores japoneses. Ou, simplesmente, um dos melhores realizadores do mundo), teve a crítica francesa a seus pés, quando em 58 os Cahiers incluíram os Contos na lista dos melhores filmes de todos os tempos.

Depois da recente revisitação do cinema de Ozu nas comemorações dos 120 anos do cineasta, regressamos, numa altura em que continua em exibição o novo filme de Ryusuke Hamaguchi Evil Does Not Exist — O Mal Não está Aqui, ao encantamento das obras dos outros dois grandes mestres do cinema japonês, com a exibição dos seus filmes mais célebres: Kenji Mizoguchi (acrescentamos agora a reposição numa cópia digital restaurada, 50 anos depois da sua estreia em Portugal, onde foi censurado, O Herói Sacrílego), e Akira Kurosawa, que embora mais novo, abriu ao Ocidente a porta para uma das mais ricas cinematografias do mundo, quando em 1951 recebeu o Leão de Ouro no festival de Veneza. Mizoguchi seria premiado nos dois anos seguintes com o Leão de Prata, começando aí o enorme culto do cineasta. São os grandes mestres desta cinematografia imensa pela qual, temos, desde então, como escreveu Serge Daney, “uma paixão devoradora”.
Mizoguchi, realizador de cabeceira da nouvelle vague (Godard chamou-lhe “O melhor dos realizadores japoneses. Ou, simplesmente, um dos melhores realizadores do mundo”), teve a crítica francesa a seus pés, quando em 58 os Cahiers incluíram os Contos da Lua Vaga na lista dos melhores filmes de todos os tempos.
Kurosawa, talvez o mais popular no Ocidente, entre a espectacularidade e a aventura, com uma “mão no passado japonês”, embora com referências heterogéneas, e uma vertente introspectiva, mais íntima, sobretudo nas últimas obras, era amado por realizadores como Bergman ou Fellini, ou os americanos John Ford, Coppola, Scorsese, ou Spielberg.

Com Masayuki Mori, Kinuyo Tanaka, Machiko Kyo, Mitsuko Mito
Origem Japão, 1953
Festival de Veneza Leão de Prata, Prémio Pasinetti
Óscares Nomeação para Melhor Guarda-roupa, preto e branco
Cópia digital restaurada

auditório TAGV
duração aprox. 1h35
M12